domingo, 6 de dezembro de 2009
Doce morte
Como explicar, o doce sabor da morte
Digo doce, não que de fato seja
Digo doce pela sensação que ela causa
Doce pois minutos antes de se concretizar
Já é possível se sentir livre
Livre, livre...
Como se pudesse voar
Doce como estar a beira de um penhasco
Sentir o vento bater em seu corpo
Vê as águas batendo nas pedras
E ter a sensação que...
Você não esta indo de encontro a morte
Mas que. Voará como as águias
Águias que passam ao seu redor
Se sente como se a queda não fosse Le causar dor
Mas ao sentir o impacto
De seu corpo nas pedras e águas do mar
Ao sentir o frio e as sensação e facadas
Percebe -se ai uma dor passageira
Que ao passar não se sente mais nada
Tudo passa
Então quando não se sente nada mais
Você percebe que esta morta
Que possui a doce morte
Que esta livre desse mundo medíocre.
edsiely
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
Noites frias
Nessa noite escura e fria aqui estou
Aqui estou deitada em minha cama pensando...
Como é sua boca
Como são seus olhos
Nessa noite fria
Nessa alma solitária
Só me cabe pensa...
Como são tantas partes do seu corpo
Partes que poderiam fazer, parte da minha alma solitária
E aquece minhas noites frias e solitárias.
edsiely
sábado, 31 de outubro de 2009
o encanto de seus olhos nos meus
O quanto meus olhos se emchem de alegria
Ao te ter por perto,
Mesmo sabendo que nunca vi seus belos olhos castanhos De anjo a não ser por fotos,
Fotos essas que não me em pedem de ver que os meus Olhos procuram pelos seus,
Que meu sorriso procura pelas suas palavras.
Que me fazem sorri e cora,
Querer você ao meu lado,
Com seu olhos castanhos de anjo,
Esse seu jeito de homem de século passado
Que encanta e alegra meus tristes dias,
Tristes dias fúnebres sem suas palavras
Obrigada por aparecer e alegrar meus olhos nos seus
Mesmo que o monemto só seja
Lendo suas palavras
Que me fazem querer estar perto de seus olhos
obriga anjinho André
edsiely
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
quem sou
Quem sou
Pergunta estranha esta
Quem sou afinal nem eu sei?
Dizem que sou alegre.embora não ache
Dizem que tenho olhos lindo
Embora no meu ver olhos sejam apenas uma porta para a alma
Alma que a minha não julgo mais ser tão linda
Outros falam que tenha áurea branca ajudando sempre as pessoas
Ajudo sim meus amigos só apenas nada mais
Se outra pessoa precisar de mim consequirei facilmente ignorar sua existência
Sei que amo meus amigos, embora nunca ame quem me ama
E consiga rir com facilidade de qualquer gesto de uma pessoa que me lembre esse sentimento
Não me julgue errado não que eu não ache lindo, acho de fato.
Mas é lindo nos livros
Hoje é tão raro nos humanos
Outros falam que me tornei amarga
Não acho
Apenas realista como eu diria
Realista te de mais
Incapaz de achar que um ato de amor e bondade é de fato real e não força
Acharei lindo se você me provar sua amizade, não me traindo como alguns fizeram
Acharei maravilhoso se ao invés de você dizer que me ama
Provar todos os dias
Pois guando falamos jogamos palavras ao vento então faça minha boca se calar
Me mostre que vivemos em um mundo que não é tão medíocre quanto aparenta
Me prove ai te falei como sou de fato
Como sou e que feridas trago
Pois guando você me provar isso minhas feridas iram cicatrizar e então poderei falar delas sem ter que sorri
Fingindo que elas não me ferem mais, como feriam quando foram feitas
Quem sou
Eu sou no presente momento como o mundo e minhas feridas me deixaram.
edsiely
sábado, 12 de setembro de 2009
Edgar Allan Poe por Rubens Francisco Lucchetti ( Revista literatura )
Há duzentos anos, o dia 19 de janeiro de 1809, na cidade de Boston , foi certamente um dia de muito sol, com réstias de luz, intrusas, a aureolarem o menino que nascia para ser um dos máximos poetas e escritores do século 19. O céu, uma abóbada azul, maculada aqui e ali com buquês de nuvens brancas, embebia tudo com uma claridade intensa, dando certa diafaneidade às coisas, como que mergulhadas num halo de luz, fixando com júbilo a boa nova. Nascera Edgar Poe.
Com as portas e janelas fechadas, as casas da vizinhança ofereciam o aspecto de rostos patéticos e emudecidos. Aspirava-se no ar esse espanto peculiar que nos proporcionam os contos de Poe, essa aversão de morte que aniquila a razão, uma sombra, do corvo talvez, a pairar sobre tudo, um presságio que o arrebatou do cotidiano.
O pai, David Poe Jr., provém de uma família que se distinguiu durante a Guerra da Independência Americana . A mãe, Elizabeth Arnold, nascida em Londres, em 1787, emigrou nova para a América, abandonando tudo para seguir a carreira teatral, tendo certa notoriedade como atriz. Ela é descrita como "Franzina com grandes olhos misteriosos e longos cabelos de um negro azeviche, mignon, membros frágeis e uma fisionomia altiva." Mas David, ator menos que medíocre, é, além disso, um alcoólatra. Nascem-lhes sucessivamente três filhos: William Henry, em 1807, Edgar e Rosálie, em 1810. Tuberculoso, com a saúde minada pelo álcool, David morrerá alguns meses após o nascimento de Edgar. Uns alegavam que sua morte foi devida a excessos alcoólicos; outros, como Harvey Allen, afirmam que havia abandonado a esposa, por terlhe sido infiel, pouco antes de ter nascido o último filho. Elizabeth, tísica e esgotada pelos sucessivos partos, com o esmagador encargo da família, vê-se na mais extrema miséria em Boston, uma cidade tida como nada hospitaleira.
Com a saúde minada, no auge do desespero, ela parte para o sul, deixando Henry aos cuidados de sua cunhada Maria Clemm, residente em Baltimore, arrastando consigo Edgar e Rosálie. A última etapa de seu derradeiro calvário é Richmond, em Virginia.
Miséria absoluta
E quando várias pessoas visitaram a enferma, no apogeu da decadência, encontraram- na estendida sobre o leito, nos derradeiros momentos, sem dinheiro e sem conforto ou o que comer, em profundo desespero, sem absolutamente nada. Os filhos nus, sujos com as faces esguias de tanta fome experimentada, desfazem-se em choros sem fim, apesar dos carinhos dispensados por uma velha criada, que os acompanhava desde os dias de glória, em que resquícios dos aplausos entravam pelas frinchas. E, para enganar-lhes a fome, dava-lhes côdeas de pão preto e duro, molhados em gengibre.
A 7 de dezembro de 1811, a imprensa anuncia um recital em beneficio de Elizabeth Arnold Poe. Elizabeth exala o último suspiro no dia seguinte, com a idade de 24 anos. Edgar e Rosálie são deixados sob os cuidados da companhia. Para Edgar foi o primeiro passo para uma terrível familiaridade com a Morte.
Mas o infortúnio, tal qual A Máscara da Morte Rubra, achava-se à espreita. Poucos dias após a morte da mãe, um terrível acontecimento vem atingir os infelizes órfãos. Na noite de Santo, o teatro onde antes a senhora Poe havia representado, é destruído por um incêndio, no qual perdem a vida sessenta espectadores. Os atores veem-se forçados a ir procurar trabalho em outras paragens, confiando os filhos de Elizabeth à burguesia local.
É necessário acentuar estes dias do infortúnio, para que se possa compreender em parte a existência dramática e o gênio incomum de Poe, que trazia, desde o berço, o estigma de um alcoolismo hereditário, sendo que toda a sua existência foi uma árdua batalha sem fim entre dois instintos antípodas: de um lado a firme resolução de não beber, e, de outro, a depressão, o mutismo que o assaltava frequentemente, a morbidez funesta que o intoxicava de complexos e a irresistíve1 volúpia de procurar na bebida um estimulante que lhe atenuava a adversidade que via em tudo, entregando-se à embriaguez, sendo então protagonista das cenas mais humi1hantes e asquerosas a que um ser humano pode se entregar.
A todo momento quebrava as promessas que fazia para se corrigir, e os atos que lhe comprometiam e afeiavam seu nome desanimavam todos aqueles que se esforçavam de furtá-lo àquela degradante vida.
A adoção
Entretanto, sua existência despida de sorrisos foi agraciada. Rosálie é adotada por um comerciante rico, William Mackenzie. Frances Keeling Valentine, esposa do abastado negociante John Allan encarrega-se do garotinho. Não tem filhos e leva o pequeno Edgar para o seu lar, um suntuoso edifício branco "onde flutua o perfume do tabaco e do punch, e também o odor mosqueado dos escravos." Apesar da oposição lavrada do sr. Allan, Edgar é batizado na Igreja Presbiteriana , e acrescentam-lhe ao nome o do seu pai adotivo; na verdade, a adoção nunca será oficialmente homologada. Aos 6 anos, o filho dos saltimbancos sabe ler, desenhar e cantar. Frances Allan e sua irmã, Anne Moore Valentine, cercam-no de um afeto sufocante, exclusivista, satisfazendo- lhe todos os seus caprichos. "A minha palavra fazia lei em toda a casa, e, na idade em que poucas crianças são arrancadas às saias das mães, eu, senhor dos meus atos, podia entregar-me aos impulsos da minha vontade."
A vida na Inglaterra
Em 1815, no dia posterior ao da derrota de Napoleão, John Allan, com os negócios comprometidos pela Segunda Guerra da Independência devido ao bloqueio naval das costas americanas pelos ingleses, resolve tentar a vida na Inglaterra, instalando-se em Liverpool. Edgar é mandado primeiro a Irvine, na Escócia, para a casa da severa Sra. Mary Allan, tia de seu pai adotivo. Posteriormente, é matriculado em Londres, na escola de meninas Debeurg, mais tarde transferido para o Colégio do Reverendo Bransky, em Stoke Newington. Assim, Poe descreve o lugar: "Uma aldeia afagada numa multidão de árvores gigantescas e nodosas e onde todas as casas pareciam excessivamente velhas."
Mas os negócios de John Allan não se desenvolveram da forma como ele esperava e, além disso, o clima úmido da Inglaterra se mostra nocivo à saúde frágil de sua mulher, Frances. Assim, em 1820, ele regressa à América. Se esses cinco anos não correram a John Allan da forma como ele esperava, trouxeram algum benefício a Edgar, que teve algumas noções de francês, latim, história e literatura. Não é muita coisa, mas também serviram para enriquecer sua imaginação febril, impressionada pelos castelos misteriosos, pelas casas decrépitas, pelas cavas úmidas e pelos corredores escuros, nos quais ele pressente a presença do sobrenatural.
UM HOMEM SÓ VIVE NA MEDIDA EM QUE É CÉLEBRE SOU JOV EM; E, SE, O AMOR DO BELO PODE TORNAR-NOS POETAS, EU SOU-O, TAL COMO DESEJAVA SÊ-LO A TODO O CUSTO.
I Sou espantosamente preguiçoso o maravilhosamente ativo, mas a espaços. Há períodos em que toda a atividade intelectual constitui para mim uma tortura e em que só me satisfaz a comunhão solitária com as montanhas e os bosques, os ídolos de Byron . Perco assim meses inteiros a vagabundear, a sonhar, para afinal mergulhar numa espécie de atividade frenética. Então garatujo no papel todo o dia e leio toda a noite, enquanto dura esta faina. Não sou ambicioso, salvo de uma forma negativa. Mas de longe em longe me toma o brusco desejo de bater nalgum imbecil somente porque me repugna deixar crer a esse imbecil que pode bater-me. Tenho profunda consciência de uma verdade, da qual toda a gente se limita a falar - a verdade da vida temporal. Passo a minha vida a sonhar com o futuro. Não creio na natureza perfectível do homem. Nem penso que o trabalho humano possa beneficiar a humanidade de forma apreciável. Presentemente, o homem é mais ativo, mas não é nem mais feliz nem mais sagaz que há seis mil anos. Você pediu-me "um memorial sobre a minha vida". Porém, depois do que eu já escrevi creio que estará persuadido de que nada mais tenho para lhe expor. Tenho plena consciência do caráter evanescente das coisas temporais para ligar importância seja a que for para ser lógico em qualquer ocasião. A minha vida tem sido apenas capricho, ilusão, arrebatamento, desejo de solidão, desdém do presente e sede do futuro...
(Anotações de 1827)
II Escrevo por imperativo mental, para satisfazer o meu gosto e o meu amor pela Arte. A glória não exerce em mim a menor influência determinante. Como poderia eu preocupar-me com o juízo de uma multidão se desprezo cada um dos indivíduos que a constituem?
(Autobiografia Espiritual, 1844)
III Disse-lhe na última vez que nos vimos que desprezava a glória. Menti-lhe. Amo a glória. Estou pensando nela, idolatro-a. Esgotaria até ao último alento essa divina embriaguez. Desejaria que o incenso se evolasse em minha honra de cada colina e de cada aldeia, de cada cidade e de todas as cidades em conjunto da Terra. Glória, celebridade, é o sopro vivificante, o sangue que alimenta. Um homem só vive na medida em que é celebre. Quão cruelmente menti à minha natureza e às minhas aspirações ao afirmar que não desejava a glória e, ainda mais, que a desprezava.
(Conversações com Ingram, s/d)
São essas experiências que nos ajudarão a compreender certos aspectos de sua obra: o gosto pelo macabro e pelo misterioso, a atmosfera medieval que perpassam pelos seus contos.
De regresso a Richmond, Edgar frequenta a Escola Clássica Ingleses; e, por essa época, apaixona-se pela mãe de um de seus colegas, Jane Stanard, que morreu tuberculosa e louca, alguns meses mais tarde. Esse foi o princípio de uma interminável série de exaltações amorosas platônicas, que se seguirão e se desencadearão desordenadamente por toda a existência do poeta. Não demora muito e ele está apaixonado por uma jovem vizinha, Sarah Emira Royster; mas o pai apressa-se a casar a filha com um velho rico comerciante.
Em fevereiro de 1826, John Allan inscreve o filho na faculdade de Línguas Mortas e Vivas da Universidade, fundada por Thomas Jefferson. Ali, exatamente como acontecia nos colégios ingleses da época, os jogos de azar, o álcool, o ópio, o láudano, as mulheres e os duelos são as principais distrações dos estudantes. No seu ímpeto incontido de brilhar e impressionar, Edgar não demora em esgotar os dólares que John Allan o presenteou, mas não é o bastante para que ele abandone os vícios. Afunda-se em dívidas, e não paga nem mesmo seu alfaiate nem aos demais credores.
Rebeldia
No Natal desse mesmo ano, Edgar tem uma violenta discussão com o pai, uma vez que ele recusara pagar-lhe as dívidas. Allan tira-o da Universidade e tenta fazê-lo interessar- se pelo mundo dos negócios, sem sucesso; e as discussões entre ambos tornam-se frequentes. Num ímpeto de arrogância, a 24 de março de 1827, Edgar abandona a mansão dos Allan, mudando para um sórdido hotel, a taberna de Richardson. É o fim de uma vida abastada. Daquele dia em diante terá de lutar pela sua própria sobrevivência. Chega a escrever uma carta ao pai "cheia de dignidade"; mas John Allan sequer lhe responde, muito embora a senhora Frances Allan, imbuída do sentimento maternal, tentasse interceder a favor de Edgar. Mas em vão. A fim de minimizar as agruras do filho adotivo, manda-lhe algum dinheiro. Com esse dinheiro, Edgar viaja para Boston e apressa-se a editar por sua conta os poemas que ele compusera na Universidade: Tamerleão e Outros Poemas. Escritos por um Bostoniano, cuja edição passa totalmente despercebida.
Decepcionado, Edgar, usando o nome falso de Edgar A. Perry, alista-se no Exército a 26 de maio de 1827. O serviço não é estafante, dispondo de muito tempo livre, compõe o seu poema Al Aaraaf. Como tem boa conduta, chega a primeiro-sargento. Passados alguns meses, satura-se daquela vida e requer licenciamento, com a intenção de ingressar na Academia Militar de West Point , pretendendo se tornar oficial.
Atendendo a um pedido do filho rebelde, John Allan cede aos seus rogos, talvez em memória de sua esposa, que morrera em 28 de fevereiro de 1829. Esse período marca uma aproximação entre ambos.
Confissão de Alan Poe
Cometi apenas um erro. Não soube ser feliz. Nunca: nem um só dia, nem sequer uma hora. A própria criação, um prazer para os poetas mais sensíveis, foi para mim sempre mais angustiante que redentora. A causa primeira do meu infortúnio conheço-a agora. Tive sempre medo da vida. De uma sensibilidade exacerbada e doentia desde a mais tenra infância, atormentada e mortificada até a exaustão pelo infortúnio e pela miséria, a vida banal, as realidades quotidianas constituíam para mim uma fonte constante de terror. Tinha a impressão de viver continuamente suspenso no limite de dois reinos - ser uma criança semimorta unida em laço misterioso a um espectro nostálgico. A criança tinha medo da treva; o espectro da luz. Uma e outro aspiravam à morte e, simultaneamente, receavamna. A vida era para mim aborrecimento, alucinação, condenação. Cada vez que eu tentava reconciliar-me com ela saía maltratado, repelido. Fazia-me o efeito de um anjo que pretendesse participar num banquete de monstros. O próprio amor não logrou salvar-me porque a mulher é uma das mais perfeitas encarnações da vida, e eu tinha da vida um indizível terror. Todas as mulheres que julguei amar ou fugiram de mim, ou estão mortas. Uma vez mortas, e só então, elas pareciam realmente minhas amantes na eternidade, as únicas que poderiam amar um homem segregado da vida. Para escapar às minhas visões terrificantes, aos meus pesadelos, às tentações de minha razão delirante, um gênio forçava-me a escrever, senhor mais titânico e exigente que um demônio. Escrevi, pois, toda a minha vida poemas, narrativas, contos, tratados, ensaios. Porém, mal experimentava a ilusão de pela poesia ter exorcizado a perseguição dos meus pavores, logo outras alucinações, outros pesadelos, outras bizarrias macabras e fúnebres assaltavam sem trégua a minha pobre alma acabrunhada. Então, como última esperança do meu desespero, buscava socorro no álcool, que, aliás, abominava."
Finalmente, embarca para Washington, levando na bagagem algumas cartas de apresentação de seu pai adotivo. Mas as formalidades burocráticas arrastam-se por semanas; e Edgar decide visitar seu irmão Henry, oficial da Marinha. Ele instala-se em casa de Maria Clemm, irmã de seu pai, em Baltimore . Ali escreve e conversa muito com Henry sobre literatura e joga com sua priminha Virginia.
Este é um dos poucos períodos felizes de sua vida. A sorte também lhe sorri no campo literário. Na sequência de uma apreciação favorável do crítico John Neal e da sua publicação na Iankee and Boston Literary Gazette, o seu poema Al Aaraaf é editado por Hatch & Dunning, juntamente com Tamerleão e Outros Poemas. Não é evidentemente a glória, mas pelo menos Edgar já não é um desconhecido no mundo das letras.
Escola militar
Pouco depois, o poeta precoce ingressa na Escola Militar de West Point. Nos primeiros meses declara-se "extremamente satisfeito com tudo e com todos". Mas, em pouco tempo, a falta de dinheiro e a vida dispendiosa que ele sustenta para poder manter as aparências junto aos camaradas ricos obrigamno a contrair dívidas que, como de costume, John Allan se recusa a pagar. Por essa época, seu pai adotivo casara em segundas núpcias e estava finalmente à espera de um herdeiro legítimo. Dessa forma, Poe já não podia definitivamente contar com a fortuna de seu pai adotivo. Então, resolvido a abandonar a academia, começa a faltar às aulas; até que, a 28 de janeiro de 1831, o Tribunal Militar expulsa-o, ignominiosamente, de West Point. Sem perda de tempo, Edgar dirige-se a Nova York, a fim de editar um novo livro, Poemas, utilizando para isso o dinheiro extorquido de seus camaradas da Academia.
Não conseguindo emprego em Nova York, Edgar, reduzido às mais duras necessidades, se vê forçado a partir para Baltimore e a instalar-se de novo em casa de sua tia Clemm, que, segundo Baudelaire, "era o anjo do poeta". Maria Clemm, vivendo de seu próprio trabalho, o ajudará a vencer suas muitas crises.
E me vi de tristezas referto, como a folhagem seca que morria, a folhagem fanada que morria! E exclamei: "Era outubro, decerto, e era esta mesma, há um ano, a noite fria em que vim, a chorar, aqui perto, fardo horrível trazendo, aqui perto!
Trecho do poema Ulalume
Poe passa todo o inverno em casa de tia Clemm e sustenta com uma jovem vizinha, Mary Devereaux, uma intriga sentimental de certa seriedade que teve um final brusco, quando, ao se apresentar bêbado, é enxotado pelos familiares da moça. Em 1833, Edgar ganha 50 dólares num concurso do Saturday Visiter , de Baltimore, com o seu conto Manuscrito Encontrado Numa Garrafa. O membro eminente do júri, o crítico John P. Kennedy, simpatiza com o jovem autor e recomenda-o a Thomas White, diretor do Southern Literary Messenger, de Richmond, que o contrata imediatamente. Dessa forma, Edgar se vê novamente em Richmond, onde seu pai adotivo morre a 27 de março de 1834. O nome do poeta nem sequer é mencionado no seu testamento.
Decidido a conquistar a glória a qualquer preço, Poe atira-se ao trabalho febrilmente e com toda a paixão de que é capaz. "Agora sou feliz com uma excelente expectativa de triunfo", escreve a Kennedy. Porém, bastaram apenas alguns meses e novamente todos esses seus sentimentos já mudaram. "Nesta altura, encontro-me num estado verdadeiramente lastimável. Sofro de uma depressão mental como jamais experimentei. Tenho lutado em vão contra a melancolia. Encontro-me, pois, num estado miserável, e ignoro por quê." Então, entrega-se desesperadamente à bebida e perde totalmente o interesse pelo trabalho. Sem outra alternativa, Thomas White despede-o. Mas torna a readmiti-lo um ano depois, devido a insistentes pedidos de seu protetor, Kennedy.
Casamento em segredo
Desta vez, Edgar volta a Richmond acompanhado de Maria Clemm e de Virginia, agora, senhora Virginia Poe. Edgar casara-se secretamente, a 22 de setembro de 1835, com a prima que tinha apenas 13 anos - desde a sua primeira visita à tia, quando então Virginia contava com 7 anos, uma estranha afeição fraterna nascera entre os dois primos. Edgar acompanhava a priminha em longos passeios e contava-lhe histórias maravilhosas de sua invenção, servindo-se dela como mensageira para levar cartinhas inflamadas à jovem vizinha, Mary Devereaux. Porém, nesse seu novo regresso, as suas relações tornaram-se mais íntimas e falou-se em casamento, a ponto de um parente intervir energicamente e declarar-se disposto de cuidar de Virginia até que esta completasse 18 anos. Mas Edgar, contando com o apoio da tia, que o ama como a um filho, dá seu consentimento e o casamento é realizado em segredo.
Para esta recente família, os primeiros meses em Richmond não são nada fáceis, mas, com o passar do tempo, tudo acaba por normalizar-se. White mostra-se satisfeito por havê-lo recontratado e ao vê-lo dedicado de uma forma obstinada; e o sucesso de tal dedicação logo aparece, com a tiragem do jornal aumentando vertiginosamente. White nomeia-o redator-chefe, com o ordenado de 800 dólares.
O casamento oficial de Edgar e Virginia, uma vez que o primeiro, por não estar registrado não teve nenhuma validade, aconteceu em 16 de maio de 1836: Edgar Allan Poe tinha 27 anos; Virginia Clemm, 14. Eles só se casaram porque uma testemunha condescendente afirmou que a jovem tinha 20 anos. O casal faz uma viagem de núpcias de quinze dias a Pittsburgh. Mas, ao que se sabe, esse estranho casamento nunca chegou a ser consumado. Enfim, o poeta encontrara uma família. No entanto, aqui fica a pergunta: teria ele também encontrado a felicidade?
E assim cerrou-se a noite em torno de mim. Vieram as trevas, demoraram, foram embora. E o dia raiou mais uma vez. E os nevoeiros de uma segunda noite de novo se adensavam em torno de mim. E eu ainda continuava sentado, imóvel, naquele quarto solitário, ainda mergulhado em minha meditação, ainda com o fantasma dos dentes, mantendo sua terrível ascendência sobre mim, a flutuar, com a mais viva e hedionda nitidez, entre as luzes e som-bras mutáveis do aposento. Afinal, explodiu em meio de meus sonhos um grito de horror e de consternação, ao qual se seguiu, depois de uma pausa, o som de vozes aflitas, entremeadas de surdos lamentos de tristeza e pesar. Levanteime e, escancarando uma das portas da biblioteca, vi, de pé, na antecâmara, uma criada, toda em lágrimas, que me disse que Berenice não mais. Fora tomada de um ataque epiléptico pela manhã e agora ao cair da noite, a cova estava pronta para receber seu morador e todos os preparativos do enterro estavam terminados. Trecho do poema Berenice (Extratus)
Sua alma é como se um anjo negro o rondasse: inspirando-lhe, mas em troca roubando-lhe a paz que nunca encontrara. E não consegue dominar-se, só encontrando lenitivo no álcool e na droga. Suas crises são mais constantes e violentas, cai em terríveis fases de depressão que o fazem detestar sua profissão. Não tendo outra alternativa, White despede-o; desta vez, de forma definitiva.
Em julho de 1838, a família Poe instalase em Nova York. O poeta publica sua novela As Aventuras de Arthur Gordon Pyn, mas não consegue encontrar um emprego fixo. E Maria Clemm tem a incumbência de manter os "seus filhos".
O Corvo
Dizendo-se perseguido e incompreendido, Poe muda-se para Filadélfia, onde colabora no Gentleman's Magazine, de W. Buston, que lhe publica alguns dos seus mais célebres contos; mas, em junho, a colaboração com essa revista é interrompida. Principia, então, para o poeta, um dos seus mais terríveis calvários. Sem trabalho, Virginia enferma, é a mais terrível miséria, as asas do anjo negro estendem-se mais uma vez sobre ele... e, mais uma vez, desesperado, retorna a Nova York e desta vez colabora no New York Sun e no Evening Mirror, que publica, em 19 de janeiro de 1845, o seu poema O Corvo. Essa insólita poesia vem definitivamente colocar Poe ao lado dos maiores luminares da literatura contemporânea.
O sucesso literário veio acompanhado de um sucesso mundano. Deixando em Fordham a pobre Virginia, que necessita de ar puro do campo, Poe principia a percorrer todos os Estados da União para declarar o seu grande sucesso. É um período de deslumbramento, entregando-se a paixões literárias. A mais notória de todas foi sem dúvida sua ligação com a bela poetisa Frances Osgood, que, como todas as anteriores, terminou de uma forma lamentável. Nesta, Poe foi preterido pelo reverendo Griswold.
Mas se o seu grande sucesso aconteceu em 1845, também esse ano marcaria a sua grande derrocada. Em outubro de 1845, Poe obtém os direitos exclusivos do Broadway Journal, de Nova York, uma imprudência que o editor Briggs lhe confiou. Tendo investido nele tudo quanto dispunha, dentro em breve Poe encontra-se inadimplente, sem condições de prosseguir a publicação do jornal. Sua procura desesperada por um sócio resulta em vão e, não podendo resgatar uma letra de 50 dólares, desiste. É a derrocada final.
E mais uma vez "mamãe" Clemm acorre em seu auxílio e leva-o com ela para o campo, em Fordham. É uma casa modesta; Maria Clemm serve de intermediária entre ele e os diretores de revistas, levando artigos, contos e trazendo dinheiro, procurando provisões para casa e percorrendo todas as tabernas até, numa delas, encontrá-lo embriagado.
Porém, Virginia, a jovem esposa, muito bonita, com uma graça de menina que algumas delas conseguem reter por muito tempo, cada vez com a saúde mais debilitada, estava destinada a uma morte prematura. Uma das grandes alegrias do poeta era ouvi-la cantar, sentada ao piano ou dedilhando a harpa. Na noite de 30 de janeiro de 1847, a melodia se interrompe bruscamente; um vaso dos pulmões se rompera, e Poe não ouviria "nunca mais" a voz que o enlevava. Desde então, ela não podia mais suportar a menor mudança de temperatura, tinha necessidade de tratamentos que a exiguidade da casa e dos recursos não permitiam que fossem tomados. Em sua memória, Poe escreve o angustioso Ulalume
O Corvo, com tradução de Machado de Assis
Em certo dia, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho,
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais".
Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o colchão refletia
A sua última agonia.
Eu ansioso pelo Sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,
E que ninguém chamará mais.
E o rumor triste, vago, brando
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido,
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui, no peito,
Levantei-me de pronto, e "Com efeito,
(Disse), é visita amiga e retardada
"Que bate a estas horas tais.
"É visita que pede à minha porta entrada:
"Há de ser isso e nada mais".
Minh'alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo, e desta sorte
Falo: "Imploro de vós - ou senhor ou senhora,
Me desculpeis tanta demora.
"Mas como eu, precisando de descanso
"Já cochilava, e tão de manso e manso,
"Batestes, não fui logo, prestemente,
"Certificar-me que aí estais".
Disse; a porta escancar, acho a noite somente,
somente a noite, e nada mais.
Com longo olhar escruto a sombra
Que me amedronta, que me assombra.
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta;
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu, com um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.
Entro co'a alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela:
"Seguramente, há na janela
Älguma coisa que sussurra. Abramos,
"Eia, fora o temor, eia, vejamos
"A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais,
"Devolvamos a paz ao coração medroso,
"Obra do vento, e nada mais".
Abro a janela, e de repente,
Vejo tumultuosamente Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
de um lord ou de uma lady. E pronto e reto,
Movendo no ar as suas negras alas,
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta em um busto de Palas:
Trepado fica, e nada mais.
Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gosto severo, - o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "Ó tu que das noturnas plagas
"Vens, embora a cabeça nua tragas,
"Sem topete, não és ave medrosa,
"Dize os teus nomes senhoriais;
"Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o corvo disse: "Nunca mais".
Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que eu lhe fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Coisa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta a dizer em resposta
Que este é seu nome: "Nunca mais".
No entanto, o corvo solitário
Não teve outro vocabulário.
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda sua alma resumisse,
Nenhuma outra proferiu, nenhuma.
Não chegou a mecher uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
"Tantos amigos tão leais!
"Perderei também este em regressando
a aurora".
E o corvo disse: "Nunca mais!"
Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
"Que ele trouxe da convivência
"De algum mestre infeliz e acabrunhado
"Que o implacável destino há castigado
"Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
"Que dos seus cantos usuais
"Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
"Esse estribilho: "Nunca mais".
Segunda vez nesse momento
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo;
E, mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera,
Achar procuro a lúgubre quimera,
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais".
Assim pôsto, devaneando,
Meditando, conjeturando, Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava.
Conjeturando fui, tranqüilo, a gosto,
Com a cabeça no macio encosto
Onde os raios da Lâmpada caíam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam
E agora não se esparzem mais.
Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso,
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível:
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
"Manda repouso à dor que te devora
"Destas saudades imortais.
"Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora".
E o corvo disse: "Nunca mais".
"Profeta, ou o que quer que sejas!
"Ave ou demônio que negrejas!
"Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
"Onde reside o mal eterno,
"Ou simplesmente náufrago escapado
"Venhas do temporal que te há lançado
"Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
"Tem os seus lares triunfais,
"Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?"
E o corvo disse: "Nunca mais".
"Profeta, ou o que quer que sejas!
"Ave ou demônio que negrejas!
"Profeta sempre, escuta, atende, escuta,
atende!
"Por esse céu que além se estende,
"Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
"Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
"No Éden celeste a virgem que ela chora
"Nestes retiros sepulcrais,
"Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!"
E o corvo disse: "Nunca mais!"
"Ave ou demônio que negrejas!
"Profeta, ou o que quer que sejas!
"Cessa, ai, cessa! (clamei, levantando-me)
cessa!
"Regressando ao temporal, regressa
"À tua noite, deixa-me comigo...
"Vai-te, não fique no meu casto abrigo
"Pluma que lembre essa mentira tua.
"Tira-me ao peito essas fatais
"Garras que abrindo vão a minha dor já crua"
E o corvo disse: "Nunca mais".
E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!
Após a morte de Virginia, Poe abandona Fordham, entregando-se a exageros para esquecer a rotina amarga que vivia; e, por essa época, alheio a tudo, cometeu os maiores desatinos. O Corvo colocou-o em contato com a mais brilhante sociedade nova-iorquina, proporcionando-lhe amizades encantadoras. Oferece, então, o seu amor com veemência, escreve poemas inflamados, cheios de entusiasmo. As mulheres às quais se dirige sucessivamente reconhecem a fragilidade desses novos sentimentos, que o poeta crê arraigados em si. Malgrado a sedução de sua lingualinguagem e da sua correspondência, embora seja o mais eloquente dos amorosos, elas resistem e se defendem, como acontece com a senhora Shaw, uma amiga de Virginia, mas depressa a esquecerá. Faz simultaneamente a corte à senhora Richmond e à senhora Whitman, que sentem, instintivamente, tudo quanto há de artifício nesses protestos tão apaixonados. A facilidade com que o infeliz troca o objeto amado indica que elas tinham razão de se guardarem e de não cederem às suas primeiras efusões.
Mal se sente abandonado por uma, Poe leva logo as homenagens para outra, com o mesmo furor, como acontece ao reencontrar uma antiga namorada, Elmira Roystester, tornada viúva Shelton. Na sequência de uma corte rápida, mas impetuosa, a data do casamento é fixada para 17 de outubro de 1849. O poeta deixa de beber e de intoxicar-se. Chega a inscrever-se na Liga dos Filhos da Tempestade.
Sepultura de Allan Poe.
Últimos dias
É a calma aparente antes da tempestade final. A 27 de setembro desse mesmo ano, parte para Nova York, a fim de convidar "mamãe" Clemm para assistir ao casamento. Em Baltimore, embriaga-se. Volta a partir, mas num comboio desmaia e um fiscal reenvia-o a Baltimore. Essa vida atormentada acaba como devia acabar: no leito de um hospital. Quando para lá o levaram, não dava acordo de si, não sabia quem o conduzia, nem como tinha passado as suas últimas horas.
E destes momentos à morte foi um passo apenas. Viveu ainda uns dias agitados por violentos delírios, com alguns intervalos de lucidez, procurando um homem chamado "Reynolds". Depois, aquietou-se. Era domingo, 7 de outubro: abre os olhos e percorre-os em redor, como que procurando algo que há muito buscava em vão; e, logo após, pendendo a cabeça, profere:
- Senhor, ajudai a minha pobre alma. E assim morreu.
Dedico este texto em memória de meu inesquecível amigo Hélio do Soveral, que, como eu, tinha Edgar Allan Poe como seu maior ídolo
*Rubens Francisco Lucchetti é ficcionista e roteirista.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
O tempo e nossas vidas
a quanto tempo não ouvia o som da sua voz...
quase o mesmo tempo que te espero...
e também o mesmo tempo que te afastas de mim.
Como poderia explicar a sensação que tive ao ouvir a sua voz...
Poderia dizer :
Normal?
Não, tu sabes que normal não.
Pois nossa historia não é normal
É tão antiga quanto o próprio novo tempo que nos afasta
A nunca esquecerei do tempo em que te conheci...
Não esse, que foi tão semelhante ao outro.
Mas sim, o outro quando você era um ferreiro e eu uma nobre
Quando você fedia, a fedor adorável e eu tinha perfume de leite e rosas
Com uma pele branca , pálida que tinha um contraste forte com a sua bronzeada, queimada pelo sol.
Nos vimos na rua eu passava de um lado a cavalo você do outro trabalhava
Assim como foi nosso encontro nessa vida, nossos olhares se encontravam
Cresci com sua lembrança, sem saber que era lembrança
Do meu ferreiro imundo e amado
Os amamos em uma como na outra, não apena por desejo
Mas sim para unir nossas almas
Não importava se no estábulo como no passado ou na cama como nosso presente passado
O importante apenas era a união que ocorria.
Nas duas uma tragédia nos separou
Se bem que não sei ao certo se uma tragédia de foto nos afastou nessa?
Mas espero,
Apenas espero,
Á como espero...
Que o mesmo tempo que nos separou, por tanto tempo, que nos fez nos encontrarmos.
Espero que um dia ele nos de o que é nosso por direito,
O direito de podermos enfim...
Descansar nossa almas tão sofridas uma na outra.
Olhar nos olhos um do outro
Olhos já calejemos de lagrimas pela distancia
E viver o amor que nos foi tirado, o direito de viver.
Pois nunca esquecerei do tempo em que te vi pela primeira vez.
E do tempo em que te tive pela segunda.
E que perdi em ambas sem motivo que me convença.
ass: Edsiely
sábado, 29 de agosto de 2009
Ódio e perdão
Palavras tão unidas, e ao mesmo tempo tão separadas
Alguns dizem que o ódio é o parente mais próximo do amor?
Talvez seja esse o “ódio” que aparento sentir por você.
Pois , você mais do que míngüem sabe que nunca conseguirei te odiar
Á e como poderia mediante toda nossa historia.e sabemos o guando grande ela é e não adianta negarmos.
Pois sempre que a negamos, nos vem os sonham e lembramos que foi real.
Agora o perdão...
O que é o perdão?
Olhar para alguém e dizer te perdôo ?
Mas lhe pergunto também que sentimento precisamos ter pra perdoa alguém?
Sua resposta talvez seja o ódio.
O mesmo ódio que anda junto com o amor
O mesmo amor amigo do perdão
Então como pode-rei lhe perdoa, se seque o odeio, mas ainda sim o amo.
Hoje mais um pergunta faço aos deus.
Até hoje lhes pergunto o porque o fim teria chegado, que motivos tinha para tal
Hoje também lhes pergunto por que afinal me pede perdão?
Não há o que perdoa,embora haja vários nativos para ódia -lo , não posso e você sabe bem porque
Apenas a nativos para a magoa, pois a duvida da alma alimenta a magoa.
Portanto me cabe te dizer apenas que.
Só poderei te ódia para em seguida te perdoa.
Guando souber por que afinal os nossos sonhos e planos praticamente encaminhados, foram jogados fora.
Não por mim mais por ti.
Qual será sua resposta não sabei rei, essa será mais uma duvida que alimentará a magoa de minha alma
ass: Edsiely
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
subsônicos com paiakã na batera
sábado, 11 de julho de 2009
O barril de Amontillado
É preciso que se saiba que, nem por meio de palavras, nem de qualquer ato, dei a Fortunato motivo para que duvidasse de minha boa vontade. Continuei de costume, a sorrir em sua presença, e ele não percebia que o meu sorriso, agora, tinha como origem a idéia da sua imolação.
Esse tal Fortunato tinha um ponto fraco, embora, sob outros aspectos, fosse um homem digno de ser respeitado e, até mesmo, temido.Vangloriava - se sempre de ser entendido em vinhos. Poucos italianos verdadeiros talento para isso.Na maioria das vezes, seu entusiasmo se adapta àquilo que ocasião e a oportunidade exigem, tendo em vista enganar os milionários ingleses e austríacos. Em pintura e pedras preciosas, Fortunato, como todos os seus compatriotas, era um intrujão;mas, com respeito a vinhos antigos, era sincero.Sob este aspecto, não havia grande diferença entre nós – pois que eu também era hábil conhecedor de vinhos italianos, comprando-os sempre em grande quantidade, sempre que podia.
Uma tarde quase ao anoitecer, em plena loucura do carnaval, encontrei o meu amigo.Acolheu-me com excessiva cordialidade, pois que havia bebido muito.Usava um traje de truão, muito justo e listrado, tendo à cabeça um chapéu cônico,guarnecido de guizos. Fiquei tão contente de encontrá-lo, que julguei que jamais estreitaria a sua mão como naquele momento.
_ Meu caro Fortunato – disse –lhe eu - , foi uma sorte encontrá-lo. Mas, que bom aspecto tem você hoje!recebi um barril como sendo de Amontillado, mas tenho minhas duvidas.
- Como ? – disse ele.- Amontillado?um barril?impossível! E em pleno carnaval!
_ Tenho minhas duvidas – repeti- e seria tolo que o pagasse como sendo de Amontillado antes de consultá-lo sobre o assunto. Não consegui encontrá-lo em parte alguma, e receava perde um bom negócio.
- Amontillado!
- tenho minhas dúvidas.
- Amontillado!
- E preciso efetuar o pagamento.
- Amontillado!
- mas,como você está ocupado, irei á procura de luchesi. Se existe alguém que conheça o assunto, esse alguém é ele. Ele me dirá...
- Luchesi é incapaz de distinguir entre um Amontillado e um Xeres.
- Não obstante, há alguns imbecis que acham que o paladar de luchesi pode competir com o seu.
- Vamos, vamos embora.
- Para onde?
- para as suas adegas.
- Não, meu amigo.Não quero abusar de sua bondade. Penso que você deve ter algum compromisso.Luchesi...
- Não tenho compromisso algum. Vamos.
- Não, meu amigo. Embora você não tenha compromisso algum, vejo que está com muito frio. E as adegas são insuportavelmente úmidas. Estão recobertas de salitre.
- Apesar de tudo, vamos. Não importa o frio.Amontollado! Você foi enganado. Guando a Luchesi, não sabe distinguir entre Xeres e Amontillado.
Assim falando, Fortunato tomou-me pelo braço. Pus uma mascar de seda negra e, envolvendo-me bem em meu roquelaire, deixei-me conduzir ao meu palazzo.
Não havia nenhum criado em casa, pois que todos haviam saído para celebrar o carnaval. Eu lhes dissera que não regressaria antes da manhã seguinte, e lhes dera ordens estritas para que não arredassem o pé da casa. Essas ordens eram suficientes, eu bem o sabia, para assegurar o seu desaparecimento imediato, tão longo eu lhes voltasse as costas.
Tomei duas velas de seus candelabros e , dando uma a Fortunato, conduzi-o, curvado, através de uma seqüência de compartimentos, á passagem abobada que levava á adega. Chegamos, por fim, aos últimos degraus e detivemo-nos sobre o solo úmido das catacumbas dos Montresor.
O nadar de meu amigo era vacilantes e os guizos de seu gorro retiniam a cada um de seus passos.
- E o barril? – perguntou.
- Está mais adiante – respondi. – mas observe as brancas teias de aranha que brilham nas paredes dessas cavernas.
Voltou-se para mim e olhou-me com suas nubladas pupilas, que destilavam as lágrimas da embriaguez.
- Salitre?- perguntou, por fim.
- Salitre – respondi. – Há quanto tempo você tem essa tosse?
Meu pobre amigo pôs-se a tossir sem Cesar e, durante muitos minutos, não lhe foi possível responder.
- Não é nada – disse afinal.
- Vamos – disse lhe com decisão. – Vamos voltar.Sua saúde é preciosa. Você é rico, respeitado, admirado,amado;você é feliz, com eu também o era,Você é um homem cuja falta será sentida. Quando a mim,não importa. Vamos embora. Você ficará doente, e não quero arcar com essa responsabilidade. Além disso, posso procurar Luchesi...
- Basta – exclamou ele. – Esta tosse não tem importância; não me matará. Não morrerei por causa de uma simples tosse.
- É verdade, é verdade – respondi. – E eu, de fato,não tenho imtenção alguma de alarmá-lo sem notivo.Mas você deve tomar precauções. Um gole desde medoc nos defenderá da unidade.
E, dizendo isto, parti o gargalo de uma garrafa que se achava numa longa fila de muitas outras iguais, sobre o chão unido.
- beba – disse, oferecendo-lhe o vinho.
Levou a garrafa aos lábios, olhando-me de soslaio. Fez uma pausa e saudou –me com familiaridade, enquanto seus guizos soavam.
- Belo – disse ele – á saúde dos que repousam enterrados em torna de nós.
- E eu para que você tenha vida longa.
Tomou-me de novo o braço e prosseguimos.
- Estas cavernas – disse-me – são extensas.
- os Montresor – respondi – formavam uma família grande e numerosa.
- Esqueci qual seu brasão.
- Um grande pé de ouro, em campo azul. O pé esmaga uma serpente ameaçadora, cujas presas se acham cravadas no salto.
- E a sivisa?
- Nemo me impune lacessit.
- Muito bem! – exclamou.
O vinho brilhava em seus olhos e os guizos retiniam.Minha própria imaginação se animou, devido ao Medoc.Através de paredes de ossos empilhados, entremeados de barris e tonéis, penetrados nos recintos mais profundos das catacumbas. Detive-me de novo e , essa vez, me atrevi a segurar Fortuna de novo pelo braço, acima do cotovelo.
- O salitre!- exclamei. – veja como aumenta, Prende-se, como musgo, nas abóbadas.Estamos sob o leito do rio. As gotas de unidade filtram-se por entre os ossos.Vamos. Voltaremos, antes que seja tarde demais. Sua tosse...
-Não é nada – respondeu ele. – prossigamos. Mas,antes , tomemos outro gole do Medoc.
Parti o gargalo de uma garrafa de vinho de grave e dei-a a Fortunato. Ele a esvaziou de um trago.Seus olhos cintilaram com brilho ardente.pôs-se a rir e atirou a garrafa para o ar, com gesticulação que não compreendi.
Olhei-o, surpreso.Repetiu o movimento,um movimento grotesco.
- Você não compreende? – perguntou.
- Não ,não compreendo – respondi
- Então é porque você não pertence à irmandade.
- Como?
- Não pertence à maçonaria.
- Sim,sim.pertenço.
- Você?impossível! Um maçom?
- Um maçom – respondi.
- Prove-o – disse ele.
- Eis aqui – respondi, tirando de baixo das dobras de meu roquelaire um colher de pedreiro.
- Você está gracejando! – exclamou recuando alguns passos.- mas prossigamos:vamos ao Amontillado.
- Está bem – disse eu, guardando outra vez a ferramenta debaixo da capa e oferecendo-lhe o braço.
Apoiou-se pesadamente em mim. Continuamos nosso caminho, em busca do Amontillado.Passamos através de um série de baixas abobadas, descemos, avançamos ainda, tornamos a descer e chegamos, afinal, a uma profunda cripta, cujo ar, rarefeito, fazia com que nossas velas bruxuleassem, ao invés de arder normalmente.
Na extremidade mais distante da cripta aparecia uma outra, menos espaçosa.Despojos humanos empilhavam –se ao longo de seus muros, até o alto das abobadas, à maneira das grandes catacumbas de paris. Três dos lados dessa cripta eram ainda adornados dessa maneira. Do quarto, ao formando, num dos cantos, um monte de certa altura.Dentro da parede, que, com a remoção dos ossos, ficara exposta, via-se ainda outra cripta ou recinto interior, de uns quatro pés de profundidade, três de largura e seis ou sete de altura. Não parecia haver sido construída para qualquer uso determinado, MS constituir apenas um intervalo entre os dois enormes pilares que sustinham a cúpula das catacumbas, tendo por fundo uma das paredes circundantes de solido granito.foi em vão que Fortunato,erguendo sua vela bruxuleante, procurou divisar a profundidade daquele recinto.A luz, fraca, não nos permitia ver o fundo.
- Continue – disse-lhe eu.- O Amontillado está ai dentro.Quando a Luchesi...
- É um ignorante – interrompeu o meu amigo, enquanto avançava com passo vacilante, segundo imediatamente por mim.
Num momento, chegou ao fundo do nicho e , vendo o caminho interrompido pela rocha, deteve-se, estupidamente perplexo.Um momento após, eu já o havia acorrentado ao granito,pois que, em sua superfície,havia duas argolas de ferro, separadas de dois pés. De uma delas pendia uma corrente; da outra, um cadeado.Lançar a corrente em torno de sua cintura, para prende-lo, foi coisa de segundos.Ele estava demasiado atônito para oferecer qualquer resistência.retirando a chave, recuei alguns passos.
- Passe a mão pela parede – disse –lhe eu – Não poderá deixar de sentir o salitre.Está, com efeito, muito úmida.Permita-me, ainda uma vez, que lhe implore pra voltar.Não?Então,positivamente, tenho de deixá-lo.Mas, primeiro,devo prestar-lhe todos os pequenos obséquios ao meu alcance.
- O Amontillado! – exclamou o meu amigo, que ainda não se refizera de seu assombro.
- É verdade – respondi - , o Amontillado.
E, dizendo essas palavras, pus-me a trabalhar entre a pilha de ossos a que já me referi.Jogando-os para o lado, deparei logo com uma certa quantidade de pedras de construção e argamassa.Com este material e com a ajuda de minha colher de pedreiro, comecei ativamente a tapar a entrada do nicho.
Mal assentara a primeira fileira de minha obra de pedreiro, quando descobri que a embriaguez de Fortunato havia, em grande parte, se dissipado.O primeiro indicio que tive disso foi um lamentoso grito, vindo do fundo do nicho.não era o grito de um homem embriagado.Depois,houve um longo e obstinado silencio.Coloquei a segunda,a terceira e a quarta fileiras.Ouvi, então ,as furiosas sacudidas da corrente.O ruído prolongou-se por alguns minutos, durante os quais, para deleitar-me com ele, interrompi o meu trabalho e sentei-me sobre os ossos.Quando, por fim, o ruído cessou,apanhei de novo a colher de pedreiro e acabei de colocar, sem interrupção, a quinta, sexta e a sétima fileiras. A parede me chegava, agora, até a altura do peito.Fiz uma nova pausa e , segurando a vela por cima da obra que havia executado, dirigi a fraca luz sobre a figura que se achava no interior.
Uma sucessão de gritos altos e agudos irrompeu, de repente, da garganta do vulto acorrentado, e pareceu impedir-me violentamente para trás.Durante breve instante,hesitei...tremi.Saquei de minha espada e pus-me a desferir golpes no interior do nicho;mas um momento de reflexão bastou para tranqüilizar-me.Coloquei a mão sobre a parede maciça da catacumba e senti-me satisfeito.tornei a aproximar-me da parede e respondia aos gritos daquele que clamava.Repeti-os,acompanhei-os e os venci em volume e em força. Fiz isso, e o que gritava acabou por silenciar.
Já era meia, a minha tarefa chegando ao fim.Completara a oitava, a nona e a décima fileiras.havia terminado quase toda a décima primeira – e restava apenas uma pedra a ser colocada e recolocada em seu lugar.Ergui-a com grande esforço, pois que pesava muito, e coloquei-a, em parte, na posição a que se destinava.Mas, então,saiu do nicho um risco abafado que me pôs os cabelos em pé.Seguiu –se -lhe uma voz triste, que tive dificuldade em reconhecer como sendo a do nobre Fortunato.A voz dizia:
- Ah!ah!ah!... eh!eh!eh!... esta é uma boa piada…uma exelentepiada! Vamos rir muito no palazzo por causa disso...ah!ah!ah!... por causa do nosso vinho... ah!ah!ah!
- O Amontillado! – disse eu.
- Ah! Ah! Ah!... sim,sim... o Amontillado.mas não esta ficando tarde? Não estarão nos esperando no palácio... a Sra. Fortunato e os outros?Vamos embora.
- Sim – respondi - , vamos embora.
- Perlo amor de deus, Montresor!
- Sim – respondi -, pelo amor de deus!
Mas esperei em vão qualquer resposta a estas palavras impacientei-me.Gritei,alto:
- Fortunato!
Nenhuma resposta.Tornei a gritar:
-Fortunato!
Ainda agora, nenhuma resposta.introduzi um vela pelo orifício que restava e deixei-a cair dentro do nicho.Chegou até mim, como resposta, apenas um tilintar de guizos.Senti o coração opresso, sem dúvida devido à umidade das catacumbas. Apressei-me para terminar o meu trabalho. Com esforço, coloquei em seu lugar a última pedra- e cobri-a com argamassa.De encontro à nova parede, tornei a erguer a antiga muralha de ossos.Durante meio século, mortal algum os perturbou.In pace requiescart!
Contos de Edgar Allan Poe
segunda-feira, 6 de julho de 2009
O lobo
Esta ao lado dele em todos os momentos
O protegendo e obedecendo as suas ordens sempre
O lobo mais leal que qualquer surdido
Que qualquer seguidor,ou simpatizante
Um doa animais mais presente na vida das bruxas ou wicas
Não é o seu dono ou protegido que escolhe
O lobo é que olho na alma da pessoa
Vê seus medos suas virtude
Ai então escolhe a quem vai seguir
Não adianta chamar pela proteção de um lobo
Pois ele esta sempre atento
A quem merece sua proteção
Quem possui um lobo como cão guardião,
ganha aspectos de lobo...
ganha o olhar profundo e sem medo de olhar nos olhos
ganha a lealdade de uma amigo que arriscaria a vida para proteger outro
ganha a doçura de sua companhia
e acima de tudo adquire a proteção de um lobo por seu protegido
lobo fiel,amigo companheiro
ganhe e faça merecer a confiança de um lobo
ass: Edsiely
e terá a melhor companhia para lhe abrir as porta do arem
por vidas e vidas
sábado, 4 de julho de 2009
Vestida de negro
Me condenam pela minha forma de ser
Por andar de preto
Com cara de poucos amigos
Mais não me importo
Deixem eles com suas vidas medíocres
Seus problemas banais
Se julgando melhores uns que os outros
Deixem eles
Na sua criticas que me fortaleço
E vejo o quanto incomodo as pessoas fracas
Pois com bases na suas criticas sei que estou no caminho certo
Pois se ao andar nas ruas de negro
Olhando para os problemas do mundo e aceitando as diferenças
Incomodo é assim mesmo que devo continuar sendo
Vestida de negro,pálida de olhos claros
Amiga e fiel a quem merece minha amizade e fidelidade
ass: Edsiely
Fundo do posso
Comprei todas as brigas para te defender
Mudei minha vida,a e como mudei radicalmente
Em troca de todas essas mudanças
Ganhei apenas promessas que não foram cumpridas
E um desfecho por telefone
Nem olhar mos meus olhos pra me matar você teve coragem
Hoje estou melhor, sai do fundo
Os menos dos quais você não suportava
Não sou mais a louca suicida, como você disse
Graças a eles
Um em especial, que acabei por quem fui me apaixonar
Confessa era por isso que você não queria que eu o reencontrasse
Você sabia o tempo todo que meu carinho por ele
Na verdade era amor
Ele mais do que míngüem me ajudou a me reerguer
Me tirou do fundo
E guando estava tendo a chance de ama -lo
Você disse a ele que não queria a gente junto
Que ele iria me usar e depois jogar fora
E ele acreditou em você
Pensou que você se preocupava comigo
Você teve 5 anos pra fazer isso e não fez
Queria entender porque, destruiu a chance que a vida estava me dando de ser feliz?
Porque ainda longe e fora do meu coração não me deixa em paz
Retire dele seu encanto, o encanto das suas palavras
Pois quem sabe assim meu herói
Me de a chance de amo -lo
ass: Edsiely
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Dormi ao seu lado
O que posso dizer daquela noite maravilhosa
Dormi ao seu lado foi tão bom
Um sonho , mesmo que não tenha tido a chance de te ter
Pois dormíamos como amigos e não como homem e mulher
Você aprecia um anjo dormindo
Posso dizer isso pois fiquei por horas zelando seu sono
Queria te tocar mais não podia
Pena...
Queria beijar sua nuca, te despertar do sono
Para poder matar meu desejo
Mas tive medo
Medo da sua reação, medo que perdesse você
Espero um dia poder zelar seu sono novamente
Quem sabe um dia com a cabeça deitada em seu ombro
Após mostra meu desejo,amor e carinho por você
ass: Edsiely
Olhar de um cego
Não tem coragem de olhar diretamente nos olhos mortos e sem vida de um cego
Porque ao fazerem isso perceberam a força escondida atrás daqueles olhos
E terão que admitir o quanto são fracos e obsoletos
ass: Edsiely
rosa negra e minha alma
Ao olhar para uma rosa negra lembro de minha alma.
Quem olhar para essa rosa pouco se importa com sua beleza
A beleza das rosas negras são como de rosas mortas
E não a beleza das outras
Coloridas e cheias de vida
Assim já fui como essas rosas coloridas
Fui um dia alegre e cheia de vida
Mas um dia acabaram com essa alegria
Quebraram as promessas a as palavras que aviam me dito
Hoje apenas vegeto
Vivo cada minuto como se fosse o ultimo
Pois estou morta por dentro
Guando me olham vêem a imagem de uma pessoa triste
Como uma rosa negra
Que apenas sorri para disfarça a tristeza que carrega na alma
Uma alma de rosa negra
ass: Edsiely
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Lagrimas de sangue
Como uma verdadeira chuva de sangue
Tão forte quanto a que cai lá fora
Sangue das lagrimas que derrubo por você
Todos os dias por não ter seu amor
Espero que um dia essa chuva passe
Que as lagrimas de sangue
Virem lagrimas de cristal
Protegendo nosso amor,
ass: Edsiely
Poeta
Que nunca conheceu ao amor em sua maneira concreta
E que talvez por essa razão o veja de maneira tão pura
Você me mostrou esse amor , só não o correspondeu a ele
E me deixou assim eternamente apaixonada por você
ass: Edsiely
pedido aos deuses
Mais por mais que peça que deseje eles não me atendem
Não sei se querem me castigar por algo
Mais o triste fato é que eu te – amo
E nada posso fazer pra mudar isso.
ass: Edsiely
Palavras
Complicado dizer em palavras o que sinto
Se ao menos eu pudesse te abraçar
A quem sabe assim pudesse fazer você sentir o calor do meu amor
Ou se eu pudesse te beijar
Não no rosto como faço
Mas na boca para que pudesse dessa forma você pudesse senti o gosto do meu sentimento por você
Mas se ainda sim não percebesse
Quem sabe uma noite em meus braços pudesse te levar ao nirvana
e mostrar o quanto é grande e puro é o meu sentimento por você
ass: Edsiely
ainda não sou boa pra você
Não importa como eu seja
Ou o guanto eu mude
pra você serei sempre a amiga,quase a irmã
Será que você idéia do quanto me fere cada vez que diz
isso
pois afinal vc sabe que eu te - amo
E ainda sim enxiste em fingir que não
Pra que...
me deixe te amar
Me deixe ter a chance de tentar te fazer feliz
Me deixe te amar como mulher
E quem sabe assim você pare de me amar como amiga
ass: Edsiely
meus olhos
ass: Edsiely
Procuro você
ass: Edsiely
você despertou
Você despertou em mim duas coisas das quais não fazia idéia que dominava
A primeira e fundamental para a vida de qualquer ser humano
Foi o amor...
Amor tão puro que aceito sua condição,
Mesmo me custando a felicidade que poderia ter ao seu lado,
Se você ao menos me desse uma chance de mostrar meu amor
E a segunda e não menos importante foi o
Dom das palavras...
Pois só através delas que pude encontrar uma maneira de dizer o que sinto
Dom que desconhecia
mais como tantas outras coisas sobre mim que você me faz conhecer a cada dia
obrigado por estar do meu lado
ass: Edsiely
Sou uma triste alma que vaga...
ass: Edsiely
O que sabemos da vida
Tão dificil explicar ou entender,
Certas coisas que acontecem na vida,
Afinal porque estamos aqui?
Porque temos que aguentar,guerras,fome,pobreza,doenças sem cura etc,
Vemos todos os dias coisas desse tipo na tv,
Novas bombas,novos vírus sendo inventados a cada dia pra quê?
Para conquistar um poder do qual ao morrermos deixaremos para trás.
Com todos esses problemas,
O que você fará para tornar o mundo que vive melhor?
Qual será a solução que você dará para esse problema?
ass: Edsiely